Tema para dissertação: Intervenção militar no
Rio de Janeiro, “remédio” para a violência urbana ou “maquiagem”?
O Senado aprovou nos últimos
minutos desta terça-feira o decreto assinado pelo presidente Michel Temer que
determina a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, deixando a
segurança pública fluminense sob responsabilidade de um interventor militar,
que responde ao presidente da República. O placar foi de 55 votos favoráveis,
13 contrários e uma abstenção.
Horas
antes, na madrugada de terça-feira, a matéria havia sido chancelada pela Câmara
dos Deputados. Na casa, o texto foi aprovado por 340 votos a favor e 72 contra,
além de uma abstenção.
Assim,
a segurança pública do Rio sai da esfera estadual e vai para a federal, com
comando militar, até 31 de dezembro de 2018 (Fonte: BBC Brasil, acesso em: 06/03/2018)
No primeiro final de semana após o anúncio da
intervenção federal no Rio de Janeiro, o número de tiroteios e mortos por
disparos de armas de fogo na região metropolitana foi maior do que a média
registrada nos fins de semana de 20 segundo levantamento do aplicativo Fogo
Cruzado, obtido com exclusividade pelo UOL ( Fonte UOL notícias, acesso em
06/03/2018)
A UFRJ divulgou
nesta sexta-feira um manifesto sobre a intervenção federal na segurança do Rio
de Janeiro. O texto - assinado por mais de 300 acadêmicos, artistas,
intelectuais, políticos, juristas e movimentos sociais - expressa "séria
preocupação" com a intervenção.
A favor- De acordo com o senador
Lasier Martins (PSD-RS), o Rio de Janeiro é hoje a capital da marginalidade. Ao
apoiar a intervenção, Lasier lembrou que muitas crianças fluminenses têm medo
de ir à escola, por medo de uma bala perdida. Ele disse que existem territórios
no Rio de Janeiro onde a polícia não entra, pois são dominados por criminosos.
Esse fato, segundo o senador, já justificaria a intervenção. Os senadores Magno
Malta (PR-ES), Lúcia Vânia (PSB-GO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) também
discursaram a favor da intervenção.
— Não há o que fazer a não ser aprovar o decreto. Qualquer
posição contrária é embate político — declarou Cássio, que ainda fez uma
homenagem a Cristovam Buarque (PPS-DF), aniversariante do dia e ausente devido
a problemas de saúde, pedindo uma intervenção na educação, para garantir um
melhor futuro para o Brasil.
Contra - — Não tem nenhum cabimento
essa intervenção parcial. O Senado está participando de uma farsa midiática. A
responsabilidade está nas nossas mãos, pois a população pobre não pode ser
massacrada — declarou Requião.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também se manifestou
contrário à medida, que não passaria de uma “maquiagem” e uma “farsa”, com
intenções políticas. Ele também manifestou preocupação com o preparo das forças
militares, que recebem treinamento para outro tipo de intervenção. Humberto
Costa (PT-PE) disse que o governo não respondeu a muitas dúvidas sobre o
decreto e manifestou receio de que a população mais pobre seja vítima da
intervenção. Para o senador, a necessidade do Rio de Janeiro é evidente, mas a
intervenção é apenas uma “peça de marketing”. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
questionou a efetividade do decreto e alertou que os pobres poderão ser as
principais vítimas da intervenção.
TEMA: Diante do que foi exposto, escreva um texto dissertativo argumentativo de 15 linhas, no mínimo, e 30 linhas, no máximo, posicionando acerca da intervenção militar no Rio de Janeiro.
Procure fundamentar seu ponto de vista.
Não copie trechos dos textos apresentados na coletânea.