terça-feira, 4 de abril de 2023

 

A linguagem

A linguagem é a capacidade humana de interação através de relações simbólicas verbais ou não verbais. O ser humano é um ser linguístico. Durante o processo de evolução, a aquisição da linguagem possibilitou aos seres humanos muitas vantagens. Imagine-se, por exemplo, uma comunidade onde não exista palavras, obviamente, toda a convivência dessa comunidade seria afetada, provavelmente a própria capacidade de sobrevivência enquanto grupo, já que a linguagem apresenta, entre seus carácteres, a capacidade de estabelecer e manter conexões entre as pessoas e esses laços foram fundamentais para a manutenção da vida do indivíduo e da coletividade.

A linguagem, como a conhecemos, é adquirida através da convivência, o ser humano, por ouvir repetidamente, internaliza o processo comunicativo. Já nos primeiros contatos entre pais e bebês, utilizam-se de palavras que serão repetidas pela criança. Assim, a formação intelectual de um indivíduo envolve vários aspectos relacionados à linguagem, desde o nível vocabular até as escolhas pessoais.

A linguagem utilizada por alguém diz muito sobre essa pessoa, aspectos cognitivos, culturais, sociais, religiosos, sentimentais, etc. Trata-se de uma “roupa” que serve, inclusive de identificação da pessoa que está vestida, dessa forma, expõe-se particularidades como grupo social, possibilidade econômica, gostos culturais, preferência religiosa. Enfim, são várias as possibilidades de interpretação a partir da observação sobre como como a pessoa se veste, assim também ocorre com o comportamento linguístico de alguém. A roupa veste por fora, mas a linguagem veste por dentro. (Igor Arraes)

sexta-feira, 17 de junho de 2022

 

Como escrever um parágrafo argumentativo de introdução?

 

O texto argumentativo deve defender o ponto de vista do enunciador sobre um tema polêmico.  Assim em primeiro lugar, deve-se fazer uma leitura do tema identificando seus aspectos mais importantes.

O parágrafo argumentativo deve conter um raciocínio completo.

A introdução de um texto argumentativo ( 15 a 30 linhas) deve apresentar três características essenciais para um bom desempenho:

1ª Deixar claro para o leitor qual assunto é tratado no texto

2º Estabelecer um, no máximo dois (de preferência) termos a serem explorados no desenvolvimento

3º Apresentar o raciocínio em linhas gerais, com palavras que sintetizem o que será analisado no desenvolvimento do texto.

 






Ex:     tema geral – MEIO AMBIENTE

Uma possível problemática para este tema deste tema é a relação entre o desenvolvimento e a preservação ambiental.

Então, partir da identificação de qual ideia será defendida, deve-se, na introdução, falar dela de forma geral. Como se vê a seguir,

 

A exploração humana do meio ambiente vem, ao longo da história, construindo um cenário preocupante que pode colocar a própria existência humana em risco no planeta. É um problema que se agrava tanto pela ausência do poder público, quanto pela contribuição dos cidadãos.

 

Assim, percebe-se que em linhas gerais, coloca-se a problemática (exploração) e uma relação de causa e efeito com termos gerais (poder público e cidadãos). Dessa forma, é importante que apresentem as fundamentações para esses termos no desenvolvimento, que possui a função de analisar o que se apresenta na introdução.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

 

Linguagem ou Linguagens?

 

Como foi visto, a linguística possui critérios bem definidos acerca do conceito da palavra “linguagem”, entretanto, a própria palavra, em geral, é utilizada para se referir à diversos processos comunicativos e assim encontram-se denominações tais como linguagem musical, linguagem de programação de máquinas e computadores, linguagem corporal, de modo que a palavra assume outras representações além da científica.

Na gramática normativa do autor Rocha Lima (1998, pág. 45), vê-se sobre a linguagem a seguinte concepção: “Em sentido amplo, pode-se entender por linguagem qualquer processo de comunicação”. O autor cita como exemplos a mímica, o semáforo e transmissão de mensagens por outros meios como bandeiras, entre outros.  


O Engenheiro Florestal e pesquisador Peter Wohllebem, em seu livro “A vida secreta das árvores, destaca um capítulo sobre “A linguagem das árvores” no qual ele apresenta como conclusão de anos de pesquisa a forma de comunicação desses vegetais. Assim, Wohhllebem (2017, pág. 13) afirma:

 

 

“não seria interessante descobrir que as árvores podem se expressar? Claro que elas não produzem sons, por isso não a nada que possam escutar. Os galhos rangem, estalam ao entrar em atrito uns com os outros, e as folhas farfalham, mas esses sons são causados pelo vento, não dependem das ações delas. Acontece que as árvores marcam sua presença de outra forma: pelos odores que exalam.”

 

Essa forma de comunicação, não verbal, das árvores pode ser vista em outros seres tais como aves, abelhas, cães, gatos formigas, golfinhos baleias, etc. Todos esses processos são formas diferentes de comunicação, a priori, no sentido de transmitir informações, já que essa é uma das condições básicas da comunicação, a presença de duas fontes comunicativas. Também, por exemplo, quando um treinador consegue se comunicar com um animal. Há um processo comunicativo, mas em tais casos não se aplica o termo “linguagem”, já que não atende há alguns pré-requisitos: a linguagem é adquiria, evolui constantemente, transforma-se e utiliza-se do signo linguístico na representação da realidade, é, além disso, um meio de reflexão do indivíduo sobre si e sobre o mundo. (Igor Arraes)

 

A LINGUAGEM

 

A linguagem é a capacidade humana de interação através de relações simbólicas verbais ou não verbais. O ser humano é um ser linguístico. Durante o processo de evolução, a aquisição da linguagem possibilitou aos seres humanos muitas vantagens.  Imagine-se, por exemplo, uma comunidade onde não exista palavras, obviamente, toda a convivência dessa comunidade seria afetada, provavelmente a própria capacidade de sobrevivência enquanto grupo, já que a linguagem apresenta, entre seus carácteres, a capacidade de estabelecer e manter conexões entre as pessoas e esses laços foram fundamentais para a manutenção da vida do indivíduo e da coletividade.

A linguagem, como a conhecemos, é adquirida através da convivência, o ser humano, por ouvir repetidamente, internaliza o processo comunicativo. Já nos primeiros contatos entre pais e bebês, utilizam-se de palavras que serão repetidas pela criança. Assim, a formação intelectual de um indivíduo envolve vários aspectos relacionados à linguagem, desde o nível vocabular até as escolhas pessoais.

A linguagem utilizada por alguém diz muito sobre essa pessoa, aspectos cognitivos, culturais, sociais, religiosos, sentimentais, etc. Trata-se de uma “roupa” que serve, inclusive de identificação da pessoa que está vestida, dessa forma, expõe-se particularidades como  grupo social, possibilidade econômica, gostos culturais, preferência religiosa. Enfim, são várias as possibilidades de interpretação a partir da observação sobre como como a pessoa se veste, assim também ocorre com o comportamento linguístico de alguém. A roupa veste por fora, mas a linguagem veste por dentro.

O dicionário de linguística define a linguagem da seguinte forma:

“Linguagem é a capacidade específica à espécie humana de comunicar por meio de um sistema de signos vocais (ou língua), que coloca em jogo uma técnica corporal complexa e supõe a existência de uma função simbólica e de centros nervosos geneticamente especializados.  Esse sistema de signos vocais utilizado por um grupo social (ou comunidade linguística) determinado constitui uma língua particular. Pelos problemas que apresenta, a linguagem é objeto de análises muito diversas, que implicam relações múltiplas: a relação entre o sujeito e a linguagem, que é domínio da psicolinguística; entre a linguagem e a sociedade, que é domínio da sociolinguística; entre a função simbólica e o sistema que constitui a língua; entre a língua como um todo e as partes que a constituem; entre a língua como sistema universal e as línguas que são formas particulares; entre a língua particular como forma comum a um grupo social e as diversas realizações dessa língua pelos falante, sendo tudo isso domínio da linguística. Esses diversos domínios são necessária e estreitamente ligados uns aos outros.” (DEBOIS 1998, p. 387 -388)

Nota-se que a concepção linguística delimita o conceito de linguagem dentro da perspectiva de manifestação humana, simbólica, verbal, pois a linguística interessa-se pela linguagem no âmbito da palavra nas mais diferentes formas e meios de manifestação. Então, sabendo que a linguística é a ciência, em suas diversas ramificações, que pesquisa a linguagem, esse é ponto de vista científico sobre tal fenômeno. (Igor Arraes)

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Resumo- conceito - características




 RESUMO


É a apresentação concisa das ideias de um outro texto, mantendo-se as informações essências para o entendimento do mesmo. O resumo é um importante gênero acadêmico, pois através dele pode-se ter acesso a uma obra sem a necessidade do contato direto coma mesma. Para que um resumo possa ser elaborado devidamente, é necessário que se mantenha a mesma sequência hierárquica das ideias do original. Essa fidelidade garante a manutenção da linha de raciocínio do texto base.



Características gerais


Linguagem de acordo coma norma culta
Capacidade de síntese
Estrutura padrão
Organização hierárquica dos enunciados
Manutenção das ideias do texto original
Deve-se respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são apresentados;
Não se deve apresentar juízo de valor, salvo quando se tratar de resumo crítico;
Deve ser compreensível por si mesmo, ou seja, dispensa a consulta do texto original, no caso do resumo informativo.
Deve-se evitar a reprodução de frases inteiras

Tipos de resumo

Resumo indicativo:
Caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, dessa forma, não dispensa a leitura do original. Refere-se somente às partes mais importantes do texto.

Resumo informativo:  também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. Deve salientar o objetivo da obra, métodos e técnicas empregadas, resultados e conclusões.

Resumo indicativo/informativo: é a fusão dos dois tipos anteriores de resumo 

Resumo crítico: é um resumo informativo com comentários do autor do resumo,  analisando e avaliando a     obra em questão.

segunda-feira, 29 de abril de 2019




LÍNGUA, LINGUAGEM E IDIOMA.


linguagem é o mecanismo utilizado para transmitir informações (conceitos, ideias e sentimentos.). Trata-se de um processo de interação. A língua é um código verbal característico, ou seja, um conjunto de palavras e combinações específicas compartilhado por um determinado grupo. O idioma é um código criado para facilitar a construção e a transmissão de uma mensagem. A língua portuguesa, por exemplo, é o código verbal mais usado pelos brasileiros no ato comunicativo.

AS DIFERENTES CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM

De acordo com Koch (2003, p. 7) Ao longo da História, a linguagem humana tem  sofrido diferentes concepções, destacando-se as seguintes: a) representação (“espelho”) do mundo e do pensamento; b) como instrumento (“ferramenta”)de comunicação; c) como forma (“lugar”) de ação ou interação.
Das três concepções, a mais atual é que percebe a linguagem como atividade, forma de interação, ação que possibilita aos membros de uma sociedade a prática dos mais variados atos, que vão exigir dos falantes reações, comportamentos de modo a estabelecer vínculos, compromissos diante do que se diz. Dessa forma, a linguem também é percebida como um jogo que se joga na sociedade cujas regras subsistem no interior do seu funcionamento.

sábado, 27 de outubro de 2018


          Olá, um tema  de redação para o EMEM 2018, bom exercício!

 O PODER DA INFORMAÇÃO E AS FAKE NEWS


Leia os trechos de  textos abaixo, de preferência leia-os na íntegra, a fonte está logo abaixo com um link e  utilize seu conhecimento de mundo para  produzir um texto de caráter dissertativo argumentativo sobre o seguinte tema:

O poder da informação e as “fake news”: como conviver com essa situação?

       
                           
          As novas Tecnologias da Informação (TICs) promovem uma integração entre as pessoas jamais vista na história da humanidade. As “redes sociais”, que conectam pessoas  no mundo inteiro, são responsáveis por mudanças de hábitos e de comportamentos. A troca instantânea  de informações e  a velocidade com a qual se propagam as notícias promoveram um salto enorme na evolução da comunicação humana. São muitos os avanços promovidos pela interação digital: a Educação, a Saúde, a Segurança pública, o Transporte enfim, todos os setores da sociedade, de alguma forma, beneficiaram-se das “redes socais”.  

          Diante disso, essas “redes” adquiriram um prestígio que as coloca em paridade com a imprensa jornalística. Entretanto, muitas das informações propagadas são inverídicas e têm causado prejuízos de toda ordem. Há muitos casos de pessoas linchadas por causa de informações falsas, as “fake news”, e existe suspeita de que tenham influenciado decisivamente as últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos. É, sem dúvida, um sério problema que deve ser debatido pela sociedade para que se tomem providências quanto a propagação desse tipo de informação. Para isso, é necessário uma sociedade educada o suficiente para discernir sobre as informações e evitar a propagação de notícias falsas.




"Todo cuidado é pouco. Estamos falando de algo sério e perverso. Uns chamam de guerra ideológica; outros de contrainformação; outros ainda de defesa estratégica. Mas você e eu, acostumados a tratar informação como serviço público, podemos chamar de crime — contra o qual não há punição, nem investigação eficiente. As autoridades públicas ainda patinam nesse tema. A Justiça ainda não tem leis que tipifiquem o delito e que salvaguardem as potenciais vítima." (Correio Brasiliensae)






"O crescimento impressionante do Facebook — cujo valor de mercado é superior a US$ 500 bilhões, equivalente apenas às americanas Apple, Alphabet, Microsoft e Amazon, e à chinesa Tencent — baseou-se em tecnologia até então inédita para criar dependência, possibilitar a disseminação de notícias falsas sem nenhuma espécie de filtro, dar origem a bolhas de pensamento e permitir que minorias radicais se organizem, acreditando ter presença social maior do que a apontada pelos índices demográficos. (...)"

"A estratégia de manipulação foi admitida por um dos responsáveis pela sua execução, o canadense de origem cingalesa Chamath Palihapitiya. Ele começou a trabalhar no Facebook aos 31 anos, em 2007, e tornou-se o vice-presidente da área encarregada de aumentar o número de usuários. Saiu de lá em 2011. No ano passado, abriu a boca: em um evento na Universidade Stanford (EUA), afirmou que “os curtos ciclos de necessidade de atenção movidos por dopamina, que nós criamos, estão destruindo a forma como a sociedade funciona”.


"Ele se referia aos “likes”. Quando notamos que alguém “curte” o que publicamos, nosso organismo recebe uma pequena descarga de dopamina, uma das substâncias químicas produzidas pelas células do sistema nervoso, e que atua, entre outras funções, na sensação de prazer. Quanto maior o número de “curtidas”, maior o prazer; sabendo que determinado tipo de publicação pode provocar esse efeito, tendemos a publicar sempre algo parecido, ou seja, a forjar uma personalidade digital que ganha “likes”. Sem eles, tem-se a sensação de vazio. O ciclo gera ansiedade e dependência."


"As reações ao poder do Facebook têm se multiplicado nos últimos meses. Diversos jornais e revistas, como o americano The New York Times e a Folha de S.Paulo, anunciaram sua saída da plataforma. A multinacional Unilever, segundo maior anunciante global, mostrou-se disposta a retirar publicidade do Facebook e também do Google caso venha a confirmar que essas empresas “criem divisões sociais, estimulem o ódio ou fracassem na proteção às crianças”." (Revista educação)

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