sábado, 29 de julho de 2017

Prouni - notícia


INSCRIÇÕES PARA O PROUNI COMEÇAM NESTA SEGUNDA-FEIRA



A partir desta segunda (31/07), o processo seletivo para vagas remanescentes do Programa Universidade para Todos (PROUNI) abre as inscrições que vão até o deia 25 de agosto, somente para candidatos que não estiverem matriculados em instituição superior. No caso dos estudantes já matriculados o processo iniciará no dia 28 de outubro.

São 77 mil bolsas de estudo para o segundo semestre de 2017, em 1076 instituições privadas de ensino superior.

Dúvidas? Acesse o portal do MEC   >>>>>>  Portal do MEC


Podem se inscrever:

Aqueles que participaram do Exame Nacional do ensino Médio (ENEM) desde a edição de 2010, que tenham obtido nota igual ou superior a 450 pontos e não tenham zerado a redação.

É necessária a comprovação de renda familiar bruta de até um salário-mínimo e meio  por pessoa para concorrer a bolsa integral. No caso da bolsa parcial, o limite é de até três salários mínimos por pessoa da família.

ATENÇÃO:


Professores efetivos da rede pública de educação básica, em pleno magistério podem concorrer, independente da renda, a um curso superior.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação

terça-feira, 25 de julho de 2017

Abaixo assinado: como redigir, características, exemplo



Abaixo-assinado

Olá! 
Hoje vamos aprender sobre um gênero muito recorrente no dia-a-dia, dada a sua utilidade. 
Seja bem-vindo!



É um gênero textual que se produz quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja fazer uma reivindicação, de caráter pessoal ou coletivo. No geral, trata-se de um texto persuasivo com estrutura relativamente livre.
Largamente utilizado no dia-a-dia o que o torna potencialmente uma opção para os vestibulares que adotam uma postura aberta à diversidade de  gêneros. Além disso, na maioria das vezes, o abaixo-assinado está relacionado a um assunto polêmico e isso exige do produtor capacidade de análise crítica. Nos vestibulares e concursos, é um gênero que instiga o produtor a adotar uma postura coletiva diante dos fatos e, principalmente, exigir o cumprimento dos seus direitos.



CARACTERÍSTICAS

Utilização da norma culta da linguagem
Uso da primeira ou terceira pessoa;
Caráter da persuasão
Aspectos da dissertação;
Aspectos da descrição;
Organização hierárquica dos enunciados;
Análise crítica;
Articulação de idéias



ESTRUTURA
Título
Vocativo - identifica a quem se dirige o documento;
Identificação dos emissores
Apresentação do problema
Identificação da reivindicação
Análise crítica dos argumentos
Local e data
*Assinaturas *


EXEMPLO:
ABAIXO-ASSINADO


Exma. Sra. Maria Aldenice
Ministra do Meio Ambiente

     Os abaixo-assinados, cidadãos brasileiros, indignados com a notícia sobre a construção de uma nova usina nuclear no Brasil, Angra 3, vimos, por meio deste, reivindicar  que os senhores não permitam a construção de novas usinas nucleares no nosso território  e desativem as já existentes.
     O Governo Federal tem declarado estar disposto a hipotecar nosso futuro ambiental e econômico, anunciando que pretende apostar mais alguns bilhões de reais na temerosa e suja indústria nuclear. A tecnologia nuclear é economicamente inviável e não existe solução para o lixo radioativo que produz, representando um grande risco à população e ao meio ambiente. Usinas nucleares são caras e perigosas. Acidentes nessas instalações podem ter efeitos e custos incalculáveis. O desastre ocorrido em 1986, na usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia, quando um dos quatro reatores explodiu, deixou milhares de mortos e milhões de contaminados. Reatores e instalações geram grandes quantidades de lixo nuclear, que precisam ficar sob vigilância por milhares de anos
    As usinas nucleares de Angra 1 e 2 já custaram aos brasileiros mais de R$ 54 bilhões e consomem diariamente cerca de R$ 1 milhão. Apesar desse enorme investimento, geram somente 2% da energia produzida no país. Para construir Angra 3, mais de R$ 10 bilhões serão consumidos.
Assim como 82% dos brasileiros entrevistados em meio do ano passado pela pesquisa Greepeace/ISER – Instituto de Estudos da Religião, somos contra a construção de usinas nucleares no Brasil e acreditamos que o país possa se desenvolver utilizando fontes de energia mais limpas, baratas e seguras. Deem um basta definitivo à aventura nuclear brasileira.

Atenciosamente

Abertas as inscrições para o FIES 2017



Abertas as inscrições do FIES 2017.2


 As inscrições para o Programa de Financiamento estudantil (FIES)2017.2 estão abertas a partir desta terça 25/07 até o dia 28 deste mês.
O Ministério da Educação oferece este ano 75 mil novas vagas. 
Acesse nos links (oficiais) abaixo para consulta inscrição e leia o edital.






O programa financia de 50% até 100% da mensalidade.

Para participar, é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a partir da edição de 2010, não ter zerado a redação,  possuir média mínima de 450 pontos.
Comprovar renda mensal de até três salários-mínimos por pessoa.

Para efeito de classificação, será considerada a média aritmética das notas obtidas no ENEM, levando-se em consideração a edição em que o candidato tirou a maior média.

Boa sorte!







domingo, 23 de julho de 2017

Tema dissertação: ITA 2004 - dicas de redação


Tema de redação ITA 2004  e algumas dicas 

Tema do vestibular do ITA, 2004, que coloca em discussão a relação entre os avanços tecnológicos e as relações sociais. Observe com cuidado cada um dos trechos abaixo: 
1- Diz respeito à justiça social;
2- Qualidade de vida ... distribuição de renda e respeito meio ambiente;
3- A relação entre produção tecnológica e desigualdade social ;
Avanço tecnológico e índice de desenvolvimento humano.

Elabore uma introdução que coloque em discussão a temática a presentada nos textos ( observe que a proposta não admite nem paráfrase dos textos);

Você pode, por exemplo, estabelecer uma relação entre o avanço tecnológico e o índice de desenvolvimento humano de um país. 

Para a proposta, é interessante que no texto você fale sobre:

Igualdade de oportunidades;
Democratização do acesso aos bens tecnológicos;
Investimento intelectual e humano;
Democratização do acesso ao conhecimento científico e tecnológico;
Justiça social;

Lembre-se, a escolha  dos seu argumentos e a organização das ideias no texto devem estão condicionados pelo que se enuncia na introdução. 

A conclusão pode se uma síntese reafirmando as ideias defendidas no texto ou um resultado natural do raciocínio construído no desenvolvimento.     

A organização do texto é ortodoxa, fixa, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.

Boa sorte!

(ITA-2004 ) INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO

Redija uma dissertação (em prosa, de aproximadamente 25 linhas) sobre o tema:

Produção e consumo de bens tecnológicos geram relações sociais mais justas?

Para elaborar sua redação, você poderá valer-se, total ou parcialmente, dos argumentos contidos nos excertos abaixo, refutando-os
ou concordando com os mesmos. Não os copie nem os parafraseie. (Dê um título a seu texto. A redação final deve ser feita com caneta azul ou preta.)
1)       (...)As sociedades modernas também se medem pela justiça na distribuição da riqueza. Isso não significa apenas tomar dinheiro dos ricos para dar aos pobres, através dos impostos, por exemplo, mas oferecer oportunidades para que um número cada vez maior de pessoas possa ter acesso à riqueza e melhorar o padrão de vida, via educação, saúde e outros serviços. (Veja,12/07/2000)
2)        (...) a noção de qualidade de vida envolve duas grandes questões: a qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da natureza e do meio ambiente. Sob esta dupla consideração, entende-se que a qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição – e usufruto – da riqueza social e tecnológica aos cidadãos de uma comunidade; a garantia de um ambiente de desenvolvimento ecológico e participativo de respeito ao homem e à natureza, com o menor grau de degradação e precariedade. (SPOSATI, Aldaíza. Políticas públicas. http://www.comciencia.br, 14/10/2002.)
3)        (...) a tecnologia deve ser entendida como resultado e expressão das relações sociais, e as conseqüências desse processo tecnológico só podem ser entendidas no contexto dessas relações. Em nossa sociedade, as relações sociais são relações entre classes sociais com diferentes interesses, poderes e direitos. As tecnologias são, portanto, fruto do conhecimento científico avançado aplicado à produção e à cultura, de maneira a atender aos interesses das classes dominantes. (SAMPAIO, Marisa N.; LEITE, Lígia S. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis: Vozes, 1999.)

4)         Muita gente se espantou com a modesta 43a posição que o Brasil ocupa no ranking mundial de desenvolvimento tecnológico, elaborado pela ONU. (...) [O Brasil] inclui-se entre as nações que absorvem tecnologias de ponta, mas está fora do grupo de líderes em potencial. Não poderia ser diferente. Basta cruzar o Índice de Avanço Tecnológico (IAT) com outro levantamento divulgado pela ONU: o Índice de Desenvolvimento Humano. Em termos de IDH, o Brasil não passa do 69o lugar. Pior ainda: segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, existem no país 50 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza absoluta, com renda mensal inferior a 80 reais. (...) Enquanto não avançar em desenvolvimento humano, o Brasil dificilmente conseguirá galgar posições no ranking tecnológico. Os dois indicadores são interdependentes e agem como vasos comunicantes. Tome-se o exemplo da Argentina, que ocupa a 34a posição em ambos levantamentos. Ou então países da Ásia como a Coréia, Cingapura e Hong Kong, que surpreendem com o avanço tecnológico e também se juntam aos líderes de desenvolvimento humano. (Jornal do Brasil, 11/07/2001.)

Temas de redação para: Artigo, Dissertação e Narração



Temas para redação (FJN)

TEMA 1
           
            Artigo de opinião

            Na voz do nordestino cantor Flávio José:

            (...)
            “Boi com sede bebe lama
            Barriga seca não dá sono
            Eu não sou dono do mundo
            Mas tenho culpa porque sou filho do dono.”

            E ainda em outra música

            (...)
            “Tou vendo tudo, tou vendo tudo
            Mas fico calado
            Faço de conta que sou mudo
            No país que crianças elimina
            Que não ouve o clamor dos esquecidos
            Onde nunca os humildes são ouvidos
            Onde a elite do dinheiro é quem domina.”
            (...)


            Reflita sobre os trechos musicais acima e produza um artigo expressando sua opinião condizente com o contexto presente.

TEMA 2

            Dissertação
           
A relação do homem com o Progresso.


TEMA 3
           
            Narração

            Do imenso painel humano nordestino, são figuras conhecidas: os pescadores, os vaqueiros, os romeiros, as rendeiras, os cordelistas. Narre a rotina de um dia de uma dessas figuras típicas do Nordeste brasileiro.

Tema: Cultura material - para Dissertação, Narração e Artigo de opinião


Proposta de redação, dissertação: narração e artigo de opinião

PROPOSTA 1 a 3. (UEL)

Para elaborar sua redação você deve escolher UMA entre três possibilidades para a abordagem da temática indicada.
Observe rigorosamente as instruções a seguir.
INSTRUÇÕES
1.  A sua redação deve focalizar a temática proposta.
2. Organize sua redação de modo que preencha entre 20 (mínimo) e 25 (máximo) linhas plenas, considerando-se letra de tamanho regular.

3. Use a prosa como forma de expressão. Circunstancialmente, sua linguagem poderá ser adequada à situação de uso.
4. Crie um título para a sua redação e coloque-o na linha adequada.

A elaboração de um cartão postal ou a produção de um cartaz comemorativo do aniversário de fundação de uma cidade constituem registros destinados a rememorar a influência de uma determinada organização do espaço na trajetória particular dos indivíduos. Observe as imagens a seguir, que revelam detalhes do cotidiano urbano em duas cidades e dois momentos diferentes.




Com base na leitura do cartão postal e do cartaz, repletos de elementos ordenadores da memória social de duas comunidades brasileiras distintas, escolha UMA das proposições a seguir para elaborar a sua redação.

1. Elabore um texto dissertativo que explicite a importância dos artefatos integrantes da cultura material para a compreensão de mundo concebida pelo olhar do(s) indivíduo(s).

2. Escreva uma narrativa que aborde uma experiência marcante estimulada pela observação do cotidiano de uma determinada cidade.

3. Redija um artigo de opinião, a ser encaminhado à coluna “Espaço do Leitor” de um jornal de circulação local, cujo foco seja a relação entre a paisagem e a sua tradução por meio de um cartão postal ou cartaz comemorativo.



Ensaio, teoria, exemplo, proposta de redação.


    

O ENSAIO  


        O ensaio é um texto literário que contém uma discussão livre, pessoal, de um assunto qualquer.  Nele, o ensaísta coloca-se subjetivamente diante de um tema sem precisar provar ou mesmo justificar suas idéias, nesse caso, preocupa-o mais o exercício do raciocínio na sensibilização do leitor do que a apresentação de provas convincentes que validem uma tese. Dependendo do assunto, o ensaio pode ser literário, sociológico, filosófico, etc. Nele, regem três idéias básicas: “a) o auto-exercício das faculdades; b) a liberdade pessoal;  o esforço constante pelo pensar original. (Massaud Moisés)”. É um texto essencialmente crítico, já que propõe uma atitude ginástica do intelecto, contrariando o obscurantismo e o autoritarismo. Mantém uma preocupação estético-literária, procurando não convencer, mas comover o leitor.

CARACTERÍSTICAS


  • Linguagem culta, dentro do código padrão;
  • Capacidade de análise crítica;
  • Capacidade de articulação de idéias;
  • Progressão, informatividade;
  • Aspectos da descrição;
  • Aspectos da narração;
  • Tonalidade poética;
  • Didatismo;
  • Utilização da terceira pessoa ou primeira pessoa;
  • Estrutura livre;
  • Demonstração de independência ideológica;
  • Organização hierárquica dos argumentos
  • Organização hierárquica dos enunciados e todas as segmentações textuais
  • Utilização de título, quando requisitado


Proposta de Redação: Ensaio


1- (UFC) Leia os textos que seguem.

Texto I

            Álvaro fugia e evitava Isabel; tinha medo desse amor ardente que o envolvia num olhar, dessa paixão profunda e resignada que se curvava a seus pés sorrindo melancolicamente. Sentia-se fraco para resistir, entretanto o seu dever mandava que resistisse.
            Ele amava, ou cuidava amar ainda Cecília; prometera a seu pai ser seu marido; e, na situação em que se achavam, aquela promessa era mais do que um juramento, era uma necessidade imperiosa, uma fatalidade que se devia cumprir.
         ALENCAR, José de. O Guarani. Fortaleza: Edições UFC, 2006, p. 240.

Texto II

Loura e morena: duas faces do feminino

            Duas donzelas são responsáveis pela representação do feminino em O Guarani; Cecília, a loura; e Isabel, a morena. Mais do que simples traço de distinção física entre ambas, os atributos “loura” e “morena” são marcas de diferença racial e social e, acima de tudo, apontam para dois pólos opositivos e complementares na configuração do feminino na trama romanesca.
          SCHMIDT, Simone Pereira. “As relações do feminino/masculino em O Guarani”. In: Revista Letras de hoje. Porto Alegre: PUCRS, v. 30, no. 1, março 1995, p. 64.

Texto III

Ensaio – É um texto literário breve, em prosa, situado entre o poético e o didático, caracterizado pela liberdade crítica e pelo tom pessoal assumido pelo autor, que expõe suas idéias, críticas e reflexões a respeito de um tema. Consiste, portanto, na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema. Difere do artigo, principalmente, no que tange à forma de expressão das idéias: enquanto no artigo são expressas opiniões, no ensaio pressupõe-se o amadurecimento de convicções, ou seja, o autor apresenta uma argumentação convincente, resultado de uma reflexão baseada em dados.
           Texto elaborado com base em MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 175-178.

           
            A Academia Cearense de Letras está compilando diversos ensaios para organizá-los em uma obra intitulada Personagens Femininas de José de Alencar.

* Produza um ensaio no qual você analisa o antagonismo abordado por José de Alencar, em O Guarani, através das personagens Cecília e Isabel. Lembre-se de que seu texto deve apresentar a descrição das duas personagens e a reflexão acerca do enfoque dado por Alencar à oposição entre elas.

Exemplo de ensaio

PERSONAGENS EM CONFLITO

No Brasil, o Romantismo adquiriu uma roupagem local, principalmente com o indianismo de José de Alencar. Mesmo assim, as obras dessa fase refletem valores sociais burgueses. Essa constatação se dá claramente em O Guarani com a construção antagônica das personagens Cecília e Isabel.
Nesse romance,as personagens citadas são irmãs, convivem no mesmo ambiente, mas é perceptível a demonstração de superioridade de uma em relação a outra.
Cecília apresenta-se com traços angelicais, tanto que é confundida com uma santa pelo índio Peri, já Isabel possui traços fortes, sensuais, pois era assim que os europeus viam as mulheres nativas. Apesar de residirem na mesma casa, Cecília é fruto de um casamento, portanto filha legítima; enquanto Isabel é a filha bastarda, criada pela família do pai. Cecília, no romance, é a “princesa encantada”, disputada por três pretendentes, já Isabel sofre uma paixão enrustida por um dos pretendentes da irmã, aceita, estoicamente, esperar que a situação se decida. O que acontece somente com a morte dele.
Essas características observadas no romance demonstram o quanto José de Alencar estava em consonância com o seu tempo, mostrando todo o preconceito social a que estiveram submetidos os nativos e seus descendentes brasileiros, estendendo inclusive àqueles frutos da miscigenação. Olhar a obra de Alencar, hoje, é estender os olhos aos costumes da sua época.
O guarani, romance da fase indianista de José de Alencar foi publicado pela primeira vez em forma de folhetim,no Diário do Rio de Janeiro em 1857.
O romance é precursor da tríade indianista de Alencar (O guarani, Iracema, Ubirajara), tem como tema principal o amor de um índio, Peri,  por uma branca, Cecília, e um enredo ambientado na época da colonização portuguesa em meados do séc. XVII. A história se passa às margens de um rio para onde o pai  de Cecília, D. Antônio de Mariz,  fidalgo português,  resolve se mudar, fugindo da vergonha de ter seu país dominado,na época, pela Espanha.
O enredo  se articula a partir de alguns fatos essenciais: a devoção e fidelidade de um índio goitacá, Peri, a Cecília; o amor de Isabel por D. Álvaro, e o amor deste por Cecília. Além disso, há algumas situações antagônicas, como não poderia deixar ser em se tratando de romantismo: o no caso da traição do personagem Loredano e o cerco dos índios aimorés a casa de Cecília.
A obra, além do valor estético-literário, tem um importante valor histórico, pois é sabido que José de Alencar fez pesquisas em arquivos históricos da época do descobrimento a fim de compor suas obras indianistas.

(prof. Igor Arraes)

sábado, 22 de julho de 2017


Tema para dissertação: armas de fogo.

Olá, para facilitar a construção dos seus argumentos leia os textos disponibilizados e outros que você puder. lembre-se que somente podemos analisar criticamente aquilo que conhecemos!

Tema: leia o texto abaixo e redija um texto dissertativo argumentativo de, 18 a 25 linhas sobre o seguinte tema:

“Armar a população poderia ser uma medida favorável para a redução da criminalidade e da violência?”


“O Brasil é o País que mais mata por arma de fogo no mundo”
Estudo publicado hoje mostra que a cada quatro pessoas mortas por armas de fogo no País três são negras. São as mortes anunciadas, que revelam o descaso do País com essa parcela de brasileiros. Não é pouca gente
 (25/08/2016 11:05, atualizada às 13/01/2017 18:31)
O novo Mapa da Violência, estudo sobre mortes provocadas por armas de fogo publicado hoje pela Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais (Flacso), alerta que, apesar da queda no número de homicídios nos últimos 10 anos, a contínua distribuição de armas de fogo e o aumento dos arsenais está retomando o crescimento dos assassinatos por armas de fogo de forma descontrolada. 
Entre 1980 e 2014, morreram 830.420 pessoas por disparos de armas de fogo. São as mortes anunciadas. As vítimas continuam sendo jovens, negros, pobres e de periferias urbanas, com pouco acesso à educação, ao mercado de trabalho e de cultura. E pior: as vidas perdidas são cada vez mais jovens e mais negras. É um quadro que demonstra descaso – e racismo – em relação a essa parcela da população brasileira. “Sabemos exatamente quantos vão morrer por armas de fogo o ano que vem, daqui a dois, três, quatro anos, porque as pálidas medidas de enfrentamento da violência são contestadas neste momento pelo lobby da bala, das armas de fogo”, afirma o sociólogo Julio Jacobo Waiselfiz, responsável pelo Mapa da Violência 2016. [...]
 “A violência não se erradica apenas com o desarmamento. O que se tira é a letalidade da violência”, explica Jacobo. “A continua distribuição de armas, o lobby das empresas fabricantes representadas por diversos personagens dentro do Legislativo e do Judiciário, está levando o País a uma carnificina de brasileiros a nível nacional.” De acordo o sociólogo, somos o país que mais mata por arma de fogo no mundo, mais que os Estados Unidos ou outros países que têm maior numero de armas.
Brasileiros “matáveis”
Medidas pontuais como o Estatuto do Desarmamento são importantes mas limitadas. Precisam de outras políticas complementares para que sustentem o enfrentamento à violência. “O Brasil tem uma cultura de violência reforçada pela circulação ampla de armas de fogo. Morrem cada vez mais jovens, cada vez mais negros, com média educacional de três a quatro vezes menor do que o resto da juventude nacional. É um perfil muito delimitado”, afirma JacoboSão os “matáveis”. “Há uma cultura de que esses jovens são ‘matáveis’.”
Para estancar a matança, seria necessárias políticas de juventude e políticas para a juventude. “As políticas que existem para segurança são totalmente insuficientes, quando não são ineficientes”, denuncia o sociólogo. Ao comparar dados da virada do século com os atuais, percebe-se que a violência diminuiu justamente nos estados onde naquele momento era elevada, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O que aconteceu é que foi criado o Fundo Nacional de Segurança Pública, que levou recursos para esses locais. Fizeram ações específicas que agora não dão conta da complexidade do problema. O resultado é que os índices voltaram a aumentar. [..]
Estrutura da mortalidade por arma de fogo
Apesar da implementação de algumas políticas nos últimos 13 anos, ainda somos um País que parece não ter nem constrangimento que gerações de jovens negros sejam exterminadas. Como se essas vidas não tivessem valor, ou até, como se interessasse à elite, que precisa manter seus privilégios, que essas pessoas desaparecessem. É uma vergonha.
A média de idade dos brasileiros que morrem assassinados a bala é 20 anos. Entre 1980 e 2014, houve um aumento nas taxas para esse grupo populacional (15 a 29 anos) de 699,5%. Não é pouca gente. São cerca de 26% da população total do Brasil, segundo o IBGE. A única medida que estagnou esses dados temporariamente foi o Estatuto do Desarmamento, que corre o risco de ser revisto e derrubado no Congresso brasileiro. A escalada da violência letal começa aos 13 anos. [...]
Daqueles que morrem no Brasil por arma de fogo, 70% são negros (pretos e pardos). Enquanto a média desse tipo de homicídio no País é 10,7 por 100 mil habitantes para brancos, sobe para 27,4 para negros e chega a 71,7 por 100 mil habitantes negros em Alagoas. Ou seja, a violência letal considera a cor, em primeiro lugar, e é uma questão de faixa etária, em segundo lugar. Quem morre são jovens negros.[...]
 Que lugar é esse que assiste a essa história macabra e passa 20 anos sem enfrentar seria e definitivamente essa situação? Não por acaso, o Brasil é o País do mundo que mais trouxe escravos da África e onde a escravidão durou mais tempo no planeta inteiro.
Para entender a influência do controle de armas de fogo sobre essas mortes, leia também: Controle de armas e manutenção da vida 

 

O porte de armas aumenta ou diminui a violência?

Na dança de estatísticas sobre armas de fogo e criminalidade, cada um escolhe os dados que sustentam a própria opinião

Por Leandro Narloch
(access_time9 fev 2017, 18h28 - Publicado em 6 nov 2015, 15h23)

O viés da confirmação (a tendência de valorizar e interpretar fatos e estatísticas de modo que confirmem a própria opinião) está atuando com toda a força nas discussões sobre mudanças no Estatuto do Desarmamento.
Quem defende ou se opõe à medida, que facilitará a compra e o porte de armas, usa dados dos mais diversos sobre armas de fogo e violência. O complicado é que há uma dose de verdade mesmo nas afirmações mais divergentes.
Pode-se afirmar, por exemplo, que países entre os mais pacíficos do mundo baniram armas para uso pessoal. É o caso do Japão, onde a taxa de homicídios é de 0,3 por 100 mil habitantes. (No Brasil, há oito armas a cada cem habitantes, e a taxa de homicídios é de 20 por 100 mil).
Mas a afirmação contrária também é possível. Alemanha, Suécia e Áustria têm mais 30 armas de fogo por cem habitantes – e taxas baixíssimas de homicídio. Honduras, o país mais violento do mundo, tem proporcionalmente muito menos armas (seis a cada cem habitantes).
Armar a população resulta em mais violência em um país? O economista Daniel Cerqueira, concluiu que cada ponto percentual de aumento do número de armas de fogo resulta num crescimento de 2% do número de vítimas.
Já Benê Barbosa, autor de Mentiram para mim sobre o desarmamento, mostra números opostos e igualmente convincentes. A violência despencou nos Estados Unidos na última década, enquanto a venda de armas de fogo subiu. No Brasil, os estados mais violentos são justamente os que possuem menos armaslegalizadas.
É possível ainda que as armas de fogo tenham um efeito ambivalente – aumentem e ao mesmo tempo diminuam a violência. O maior porte de armas talvez faça crescer os casos de homicídio e suicídio, mas reduza a taxa de furto, latrocínio e violência contra a mulher.
Nessa dança de estatísticas, cada um acredita no que quiser. Eu fico em cima do muro. O total de armas legalizadas não me parece um fator relevante para aumentar ou diminuir a violência em um país. O que determina a criminalidade é o império da lei.
@lnarloch